na sua fraca tentativa de lhe meter uma sílaba
no meio do peito havia também muito pouco a esperar.
mas apesar de tudo era um peito liso e magro
bem desenhado como deve ser um lábio
asas
e tínhamos um mês de verão para experimentar a coisa.
asas
depois do almoço era quando a praia
lhes sabia melhor
e por volta das sete da tarde já o mar era vencido,
asas
lá no meio como pérolas de ostras crianças ou como
quase nada de vícios. enquanto a pele tomava o bronze
demorava-se mais lendo o fantasma da ópera,
talvez preferisse tomar as sílabas daquele livro às minhas
e à noite era difícil adormecer.
asssa
havia uma varanda rasa ao chão e era fácil ler o céu
enquanto eu desejava não ser eu na casa. tu tinhas
um telegrama na mão que as estrelas vinham buscar
sddas
e eu não.
asas
25 fevereiro 2007
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3 comentários:
Gosto imenso deste poema. Já posso dizê-lo por aí? -R
Sim(stop)? Onde(stop)?
Aí também posso ir eu(stop), não(stop)?
Já o disse. No clube literário! - R
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