11 fevereiro 2007

cesariny, meu amor,
trincaram-me todo por dentro.
e nem sequer vi a boca abrir-se.
vi sim uma boca como a dos peixes,
talvez colada num tronco de uma árvore
mas sem sítio para nascer.
cesariny, meu amor,
eu sou um caracol velho numa bolha de água.

3 comentários:

Anónimo disse...

Cesariny, voo contigo sempre nas cordas do violino do outro lado da folha
à procura das rosas de espuma nos navios de espelhos
Lanço-me da ponte e não tenho medo do fundo do rio que vem à tona
nem das nuvens que ficam enterradas lá em baixo
-R

Anónimo disse...

violino violino
é que não tens culpa da tua crina
que tão bem viola
mas que tão pouco esfola

Anónimo disse...

Hoje disseram-me que as meninas gostam mais de cavalos, mas fiquei desconfiado porque adoro o aroma de crinas a rimar com Eugénio e tangerinas. Terra chã. Não se viola, não se esfola, não se imola. A tangerina é como uma bola que de tão lida enrola, enrola. O violino é muito agudo e a tangerina também amarga o coração do pontão que bate no mar em fúria. -R