10 fevereiro 2007

(tréguas)

















que sou eu senão o resto do teu dia?

4 comentários:

Anónimo disse...

meu amigo...

Gabriel Mário Dia disse...

:) E tu de mim. Dá o ar da tua graça!

Anónimo disse...

simplesmente a Li (ahahahah)

Anónimo disse...

Os amigos trazem-se por casa como as peúgas que já não se sabe se se deitam fora ou se se mandam coser. Guardam-se num cesto de verga como os da fruta e à noite trincam-se como mação suculentas. Os amigos não nos prolongam, somos nós nos estilhaços do vidro partido reflectidos na lua. Os amigos do tempo das folhas tenras que escorrem pelos rápidos dos rios vivem connosco nas duas partes da porta da rua e saltam as vidraças transparentes das janelas, mas quando o sol aquece a areia que ficou escondida entre rochas, adormecem connosco todos os dias e ganham magias que os fazem entrar até pelo nosso buraco da fechadura que toda a gente pode espreitar. Os amigos transformam-se nos ossos do nosso peito, doem connosco quando da costa sopra a maresia e estendem-se ao nosso lado na paz fresca das manhãs; e nas noites em que ficamos a escutar os silêncios, pés com cabeças são acrobacias de olhares de palavras que queremos e dizem. -R