23 agosto 2013

Das alvuras, ou “a melancolia das malas” (subtítulo emprestado de J. Cortázar)


















Fui atrás, por um dia ou dois,
(era Verão, como agora)
daquela cor bamboleante
que flutua numa nuvem encarnada.
O cair lunar, nesse dia ou dois,
foi para sacudir a palavra vaga e rastejante
da minha ténue espertina.
Voltei na sombra e no cansaço da vaga,
como na chegada a um ventre,
respirando-a com toda a força.
E entre a palavra azul da praia
repeti inúmero esse verbo à solta que é perguntar.
Roubei estâncias a um futuro da mão,
vestígios de textos incapaz de ler ou escrever.
Na procura
tudo é definitivamente lixo.

Sem comentários: