29 maio 2010

Ou Neil Young


Começa pela maneira discreta de cantar,
segue-se uma visita ao outro lado da voz -
acendemos cigarros, amanhã ainda é dia de te voltar a ver
...aqui,
um poema diverso
vem ao estilo neil young
e tudo por causa do termo young, aquela arte
contrária à técnica de por a voz que não se tem

é uma sinceridade procurar-te,

menos turva em relação à adolescência de te ver na praia
mas é sombria.
Dizes-me «--------------» (eu a desejar contar-te aqui),
é na verdade um espaço em branco
um fascínio diferente matizado pelo tempo
como se o tivesse posto à venda,
à espera de ver nascer a mesma rima
e um fado barroco a chegar-me de parte incerta,
como é costume. Ocupo-te um lugar estranho
que não faz rimar young comigo
(tudo tão pop no mundo)
mesmo que da rua fujas
e entre as enigmáticas vozes me encontres na opalina dor
...de mim,
a cantar de novo.

1 comentário:

Mizinha disse...

in love...adorei cada linha..cada letra..