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é inútil voltar atrás
asasasasasasassaasasasasasasasasashavia um homem que dizia
isto é o máximo que
eu consigo odiar
estava cansado de
virar a frase ao contrário
já muito moído de
quase sempre dizer
isto é o mínimo que
eu preciso amarasas
5 comentários:
Escorregava com a água fresca e aveludada da lagoa do Gerês, observando a medo e com alguma humildade os líquenes amarelos rendidos ao sol e os esverdeados da marca do Verão escuros e viscosos, gravados nas enormes fragas roliças a lembrarem o corpo da mulher da venda de vinho em pipa
Não era capaz senão de odiar aqueles momentos em que o sol começava a brincar às escondidas por trás de um pinheiro mais frondoso ou de um cabeço árido
Reconhecia as palavras de trás para o lado, como num espelho de Imprensa Freinet em que se aprende a escrita e a leitura das coisas puras da inocência ali tão sérias
E verificava que pela serra abaixo havia caminhos pequeninos cada um a trazer mínimos sinuosos de amor
que se juntavam depois em grandes largos de gente a dormitar enfim
Era assim que voltava a abraçar
os caminhos até ao mar sonoro
onde a amizade afinal se acolhia
de onde nunca tinha saído e o sol
tinha rios de confiança renovada - R
No poema
desflorado e
pétalas
No sonhar
pintado e
azuis
Na surdina
musicada e
voos
No olhar
dedicado calma
Se constrói
liberdade
e paz -R
Lindo!!!
:)
Beijos
estava cansado de
virar a frase ao contrário
Continua a publicar-se neste blog boa poesia, a que não falta o essencial: originalidade, contundência e uma voz própria e identificável.
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