03 outubro 2008

Quadrado mágico

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Passámos quatro países onde todos
os gatos dormiam, e podiam ser seis
as horas do relógio que os reis nem sabiam.
É mais desejoso viajar do que passar
entre cidades sonâmbulas, porém fossem seis
ou fossem nove as nossas horas são
das árvores. Usamos o vento
à chegada nos sítios, são mais do que duas
as árabes terras no ferro brotadas, mais os bichos
e os ramos à água voltados. Cismamos como
cadáveres em cima de furos por ver,
saturamos de sol a rota e os veios. Podemos
pensar ou até mal fazer a abertura
das bocas, sabemos que pela manhã
atravessam primeiro os pássaros negros.

1 comentário:

Anónimo disse...

O calor do deserto espalha a poesia com o vento ou enrola-a em tapetes de calor? - R