15 abril 2008

Furtos





















A cidade rebela-se e tu nela
o seu tamanho é difícil de medir —
há bairros por espiar
e os buracos das formigas
estão tapados, precisas de um plano.
Imagino a luz dos teus amigos em ti sentada
e como candente
a engoles em contrabaixo.
Abandonas a rua
consta raro este tempo que temos,
foge-te a sexualidade das coisas
uma por uma mas não mexem.
Quando voltas é grave o verão,
queres mar: discutir mar no feminino
entre ter que o cruzar.
Encontras novos piratas em casa,
em coro mais tarde

ansiavam por ti.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os piratas sacodem
mãos em tesouros
de sol escoado
água do mar
por entre as coxas
firmes
rendadas a libras de ouro
e inveja
falsidade de perna
em pau de alma
fantasias
carunchosas
tortuosas
amor em branco
linho áspero
frio verde
directo ao fundo
coisas simples
por um olho de vidro
estrábico
translúcido
esperança ilha navio
naufrágio sempre à tona. - R