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era a epopeia como agora é,
a caça nua do disparate
era o azul-cinzento do princípio da noite
era a poesia na mão dos dias
indo secretamente molhar-se às escuras
cantando cantando
era por isso não arriscar uma palavra muito alta
antes cair-se assim com os dedos no meio da boca,
sentindo o gosto de um soluço
ou a procura do poema não se sabendo onde.
aasas
12 março 2007
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4 comentários:
exelente conjugação texto/imagem.
Um nó agarrado à garganta, gravata inventada num dia de máscaras, mas que depois se colou eternamente. Nunca se soube dar bem nós, embora fossem um par aparentemente ideal.
(Agarrávamo-nos à lua, naquele bocadinho do eclipse onde ninguém nos visse e não quisesse mesmo rimar à nossa custa.)
E depois pelas ruas em velocidade de guerreiro da noite sem inimigos para lutar. Para lavar a lua com cerveja, à quinta-feira, já alta madrugada, quando se pode esfregá-la melhor. Para que brilhasse mais esfregava-se com jornais acabados de sair até que os líquidos fizessem desaparecer os caracteres e as notícias não passassem de enganos sem interesse nos dias seguintes.
Um homem morreu quando caiu da lua, agarrado a um nó de gravata e a pedaços de jornais embebidos em cerveja - foi notícia durante mais de um mês. Mas ninguém leu. -R
É o que dá misturar fatos com astronomia, ou então apertar o pescoço com nó de gravata ( e a disfarçar enforcamentos) quando na lua é muito mais difícil respirar. por isso é que quem é astronauta usa aqueles depósitos de ar por razões de segurança.
Se os homens fossem à Lua de fato e gravata, os marcianos haviam de ficar assustadíssimos.
Porque só na Lua é que há marcianos, guerreiros verdes do espaço que depois se transformaram num homenzinho com a força da vida numa luz na cabeça de um dedo, amigo de um menino que agora é homem.
Acontece, no entanto, que ainda nenhum deles deu um passo para salvar o Universo.
Devem estar fechados nesses tais depósitos de ar e talvez até tenham casado na Lua-de.. Mel? -R
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