Ele pode
compreender todas as coisas
mas isso não
significa que as interprete
à luz das formas
e dos escritos.
Um homem esperou
até morrer,
e ele, enquanto
morria num sulco achado nas pedras,
ainda sentiu
horizontar alguém
numa janela em
frente diante de si.
Saber que se vai
morrer é diferente,
mesmo num
qualquer sentido literário da peça.
Ao saber que iria
morrer, como ele, isso tornou-o inocente,
e quem o levara
à morte
mais não fez do
que num oceano parado
levá-lo a pintar
um quadro de cavalos iluminados.
Ele foi seco e
obstinado sem razão de o haver ser,
e porém
todas as culpas
recaem na liturgia das sombras,
paralelas desde
o levantar da cama.
A tomada de consciência
do Processo acontece
naquele pequeno
sulco,
fora de todos os
púlpitos. Não foi desistência,
muito menos
astúcia.
Foi morrer como
em casa e no trabalho,
a pena que diariamente
lhe acontecia,
ausente de um
descanso à espera.
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