11 julho 2008

Prumo

















Estive tão ficcionado por ti que não dormi
uma noite inteira procurando resolver por que me chamas
sem de mim conheceres. Foram diferentes
as semanas entre os artistas para ti curvados, cheirava
a praia nenhuma sem isso eu julgar saber, optava
por aquela canção abandonada no tempo perdido,
via-te tão ao longe. Não dormi uma noite inteira
ensarilhado num travesseiro de séculos, consumindo
rizomas em vez de árvores, anéis abertos na figura
devinda pelos pessoais filamentos que me atingiam
as pérolas da língua. Se me aproximo das tuas barcas
das tuas pescas e das tuas redes sou a nudez para nunca mais
ter.

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