Muito pouco entusiasmo este que engolimos,
supomos ser diferente a alegria alheia
os jogos onde se ganham os sorrisos,
tribalmente desistimos de entusiasmar a escrita
do poema. Há quem diga que no povo mora
o saber. Estes cantos, estes volumes não são
por isso comparáveis à voz da gente,
porque queremos que os poemas sejam a voz
dos corpos, misturamos diversos assuntos.
12 julho 2008
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1 comentário:
Fleuma
A escrita do poema escorre
alegria azul mar guardado
frasco partido
memórias sibilantes
Os outros são
nós mesmos nos saberes
levantados da terra
erguidos de pó em céus
cânticos e anjos
A voz rasga-se de corpos transcende
riso das noites
que nunca desistimos ainda
que misturemos lua sol estrelas
porque somos
o que queremos nos trapézios
amassados de coragem
tentativas esforço zeloso
desmaiados em cada sopro
esboçado – R.
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