04 abril 2007

(poemas)


as
as
as
as
as
as
sa
sa
sa
as
as
as
as
as
as
as
ontem sonhei com os meus poemas –
eram penas –

rodavam, luziam
planavam no ar

bem no sítio de uma fonte,

como cântaros à pinha
em soluços

mas eram poucos, sempre poucos.

asas

4 comentários:

pat disse...

que bonito poema sr. mário gabriel. folgo em vê-lo assim em busca de penas e com cântaros. abraço.
(CGD)

Anónimo disse...

Por onde o vento entrou
é que nós fomos guiados
no escuro de sonhos
antecipados nas faldas dos poemas

Por onde o vento corre
é que construímos memórias
tão vivas nas mãos dadas
agarradas às fragas amovíveis

Por onde o vento fugir
é que havemos de permanecer
nas bocas falantes
de palavras eternas ao peito -R

Gabriel Mário Dia disse...

E se tropeçar pelo caminho ainda bem, entorno os cântaros todos. Obrigado, gostei de saber notícias tuas, pat. E também que de poemas se fazem outros, R. É mesmo contagiante.

Anónimo disse...

Eu não sei se é poema
este fio de palavras
que sempre serve de calhas
aos meus pensamentos livres

Não encontro a poesia
sozinho quando só nado
no escuro alegre do mar
atapetado a corais

Mas todo eu sou um sino
a ecoar no mais fundo
das tuas letras e frases
que me edificam o ser! -R