09 novembro 2012

O meu temperamento e as condições subjectivas da sua existência



















Ser sujeito do sujeito é um suspiro

e o eu não entende isso.
Se começássemos pelo princípio
não havia eu nenhum
e o congresso das coisas seria um pouco nulo.
As condições subjectivas da existência são difíceis,
distraem-se. Fossemos dois, achados sós,
mas fossemos dois, e esse intervalo
seria uma daquelas coisas subjectivas,
que era eu sobre eu a seguir
não importa que outro. Isto é dizer –
zango-me com eu e com Rimbaud,
eu não é outro? Olha, pois, mas zango-me
e o temperamento volta àquela frequência
que eu habito, não o eu
que é frequente.

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