25 fevereiro 2011
Trabalhos Manuais
Aquele poeta está na televisão
e o seu corpo é um edifício de sombras.
Fala sem metáforas sobre a linguagem da metáfora
que é a sua.
É um discurso de linguagem que para ali o põe,
a si e ao seu prémio,
enquanto eu - de pijama de ontem -
enrolo peúgas ao ritmo daquela oração.
E se um poeta lhe dissesse - não haverá melhor metáfora
para em vez de meias enrolar coturnos?
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