02 junho 2010
Ou O caso real da escritora que dançava danças de salão
Ela sempre dera valor à vida,
era uma mulher de emoções,
sentia-se uma mulher completa.
Era uma outra mulher que se tinha à frente,
de certeza que iríamos gostar da mulher que dizia
«dançar é dos melhores exercícios que existem»,
mesmo que as lágrimas já não fossem só palavras
como a escrita egoísta que ela dizia que tinha -
uma vida íntima que lhe permitia unir
os separados mundos da sua identidade.
Ela sempre se quis interessar por tudo,
mas a dança era perecível,
e nunca fora discriminada por ser uma escritora
que dançava danças de salão -
ela preza muito a sua liberdade.
Dos seus olhos nascia aquela fé constante
nos leitores, amigos ou simplesmente felizes
um pequeno grupo de jovens talentosos
que enriquecia a vida portuguesa.
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