22 maio 2007

do meu futuro eu dizia que sim



as

as

as

as

as

as

as

as

as

no alto de uma janela
temos um sussurro que
pousa no cavalete da noite

um corpo que se debruça
e uma questão que roxa
ou viva se perscruta

no arrasto poluído
do mar muitas vezes
solenemente acudida

asas

3 comentários:

Anónimo disse...

Janelas que só se entreabrem em
lealdade de azul escuro esperado
numa esquina redonda de bairro-luz

Janelas que haviam de rasgar
infinitos de alegria e branco-mar
numa casca de noz verde velho

Janelas que só deviam ter duas
portadas castanhas com aberturas
onde só coubesses uma cabeça

Janelas que não devia haver
a magoar, a dilacerar, a perder
a escorrer humidade preta e gelada

Janelas que espreitam para além
corações abertos a rajadas de vento
riscos da mão no lápis de criança

Há janelas
que não passam
de portas
deitadas ao alto - R

Anónimo disse...

São miradouros, pontos para lançar a vista do excessivamente alto que perto se quer ver!

Anónimo disse...

Nós somos os loucos ansiosos
por verem o excessivamente alto.
nós somos toda a gente do mundo(quase toda a gente...)-R.