23 abril 2010

7.7.2007
















Inclinas esse canto da boca
como um quadrado em transe.

Perdes cada um dos lados,
ou deixo cair as linhas rectas
entre o nosso olhar de cítara.

Fechas as mãos
naquela pausa dos assuntos honestos,
enquanto eu me distraio com o pequeníssimo bailado na cortina.

À condenação que se nos impôs
oferecemos estes dois corpos,
moles de geometria,
trazendo as areias de banhos outrora doces
gemendo de parir palavras.